segunda-feira, 25 de junho de 2012

Audiolivros e livros digitais em várias línguas no Projeto Gutenberg

O Projeto Gutenberg, criado por Michael Hart (1947-2011), tem como missão "encorajar a criação e distribuição de livros digitais". De acordo com o site, é a primeira e a maior coleção única desses livros. São mais de 39.000 títulos grátis. Nos Estados Unidos, pelo menos.
O site traz uma advertência de que é preciso conhecer as leis locais de direitos autorais antes de baixar ou redistribuir os ebooks.

Veja o catálogo em: http://www.gutenberg.org/catalog/. São 60 línguas, algumas delas com mais de 300 títulos: alemã (872), chinesa (406), espanhola (336), finlandesa (672), francesa (2060), inglesa (33404), italiana (337), neerlandesa/holandesa (584) e portuguesa (525). Na russa, são apenas nove.

Os audiolivros podem ser lidos por humanos (569) ou gerados por computador (370). No caso dos gerados por computador, estão disponíveis apenas em inglês, enquanto os lidos por humanos, em sua maioria, são em inglês, mas também há títulos em alemão, chinês, espanhol, finlandês, francês, italiano, japonês, latim, neerlandês/holandês e russo.

Não sou fã de audiolivros em português; eu gosto é de ler. Em línguas estrangeiras, entretanto, é uma maneira bastante interessante de praticar a compreensão auditiva.

Enfim, com certeza vale a visita: http://www.gutenberg.org/.

domingo, 24 de junho de 2012

Em grego antigo, não sei; mas em russo...


Quantas vezes você já ouviu ou leu que "saudade" não tem tradução? No meu caso, algumas... O suficiente para não esquecer mais (apesar de achar que apenas uma vez basta).

Não sei se essas pessoas sabiam ou não do que falavam. Talvez até haja várias traduções que não sejam usadas. Por exemplo, nunca ouvi alguém dizer que, sei lá, comeu um brownie sápido. Ninguém usa todas as palavras do vernáculo.
De qualquer forma, já foi classificada como uma das palavras mais difíceis do mundo de se traduzir. Não deve ser à toa.

Caiu como uma luva para o nome do blog. (Congrats, Sergio!)

Em especial, por alguns motivos particulares.

Para mim, estudar línguas estrangeiras é algo bastante prazeroso. Inclusive as mais loucas regras de gramática que podem afugentar algumas pessoas. E, por mais que alguém possa argumentar que é legal falar com sotaque e manter a marca da origem, sou daquelas que se esforçam para falar como os nativos.

Há algum tempo, comecei a estudar russo. Não saberia explicar o motivo. Quando ainda estava no colégio, as línguas italiana e russa já eram as minhas favoritas.

Fiquei encantada. O alfabeto novo, a sonoridade, a inexistência do verbo "ser" no presente, as declinações... Achei tudo muito divertido (ah, eu uso bastante "divertido").

Mas, quase sempre, as coisas não acontecem como a gente imagina, e, seis ou sete níveis depois, parei. Desde então, o que eu sinto é saudade, muita saudade, e muita vontade de voltar a estudar. 

Eis o propósito do blog: ajudar-nos a voltar a estudar as várias línguas que nós queremos estudar.

E não é que "saudade" tem tradução no russo?!
Тоска (Taská. No russo, a letra "о" átona tem som de "a", apesar de não ser tão aberta.)